Páginas

sábado, 24 de janeiro de 2009

O pinheiro e a gralha

Vou voltar pra minha terra
Vou voar de pingo alado
O cavalo que leva o corpo
Que o espírito já está sossegado.

A luta pra pega o ouro
Pra compra a felicidade
Enquanto corre pro ouro
O tempo corre com a vida
Quando chega com o ouro
O tempo já levou a vida

O gado se troca por ouro
O tempo se perde por ilusão
O ouro é o mesmo que ferro
É só a ganância da visão

Se nasce buscando longe
O que se tem perto
Caminhando cego de ilusão
Caçando, buscando um tesouro
Se morre infeliz com a fortuna na mão.

O rei é o pinheiro
A monarca é a gralha
Os campos é o paraíso
Onde a família se espalha.

Será que a natureza criou a gralha
para plantar o pinhão
Ou o pinhão para tratar a gralha

O pinheiro é um Deus
A gralha uma rainha
Sua majestade vive da semente divina
Plantando Deus nos campos
Semeando vida e doutrina

Os vaqueiros espiando contentes
Nos campos pastando as vacas gordas
Nas matas de copas imponentes
Os pássaros voam fazendo festa
Nos pinheirais cigarras fritimentes